Fatores anatomopatológicos preditivos para recorrência bioquímica do câncer de próstata após prostatectomia radical
Resumo
Objetivos: Definir os fatores anatomopatológicos implicados em um maior risco de recorrência bioquímica do câncer de próstata após prostatectomia radical na casuística do Serviço de Urologia da Santa Casa de São Paulo. Materiais e Métodos: Estudo observacional, com delineamento longitudinal retrospectivo, onde foram analisados os prontuários de 106 pacientes, com idade variando entre 49 e 80 anos, que foram submetidos í prostatectomia radical para o tratamento do câncer de próstata localizado, entre 1996 e 2006, com um tempo de seguimento mínimo de 2 anos. Recorrência bioquímica foi definida como dois valores de PSA pós-operatório acima de 0,2 ng/ml. Foram estudadas as peças cirúrgicas e relacionadas ao conceito de recidiva. Para análise estatística foram utilizados os testes t de Student e qui-quadrado. O valor de p considerado como significante foi <0,05. Resultados: Verificou-se que presença de invasão da cápsula prostática (72% "vs" 40,6%, p=0,008), ou vesículas seminais (86,7% "vs" 42,9%, p = 0,002), além da presença de margem cirúrgica comprometida (69% vs 29,8%, p=0,001) foram preditores de recidiva de acordo com o conceito de recorrência bioquímica. Presença de invasão angiolinfática e perineural e o acometimento de linfonodos não se relacionaram com o risco de recorrência do câncer de próstata. Conclusão: O risco de recorrência bioquímica do câncer de próstata pode ser estimado de forma precoce a partir do estudo da peça cirúrgica. Embora a presença de PSA detectável no pós operatório tenha tido melhor correlação quanto ao prognóstico, algumas variáveis anatomopatológicas também predizem maior chance de recidiva.
Descritores: Neoplasias da próstata, Recidiva, Antígeno prostático específico, Prostatectomia, Prognóstico
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