Incidência de tromboembolismo venoso em pacientes de um hospital especializado em Cardiopneumologia de alta complexidade / Venous thromboembolism incidence in patients in a hospital specialized in high complexity Cardiopneumology

Autores

  • Eduesley Santana Santos
  • Luciana Soares Costa Santos
  • Eldma de Jesus Fonseca Pereira
  • Ingrid Isabel Matunaga
  • Juliana de Lima Lopes
  • Rita de Cássia Gengo e Silva
  • Fatima Gil Ferreira

DOI:

https://doi.org/10.26432/1809-3019.2017.62.3.119

Resumo

O tromboembolismo venoso (TEV) em seu espectro patológico inclui trombose venosa profunda, trombose associada ao uso de cateteres venosos e o tromboembolismo pulmonar (TEP), a forma mais grave. Pode ser assintomático e apresentar alto í­ndice de mortalidade. Objetivo: avaliar a incidência de tromboembolismo venoso nos pacientes clí­nicos internados em um hospital especializado em Cardiopneumologia. Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo, em que foram avaliadas informações dos pacientes a partir de um banco de dados existente derivadas de um coorte, realizado em um hospital escola especializado em Cardiopneumologia, de alta complexidade, na cidade de São Paulo, com pacientes adultos, internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e Unidades de Internação (UI). Foram selecionados 120 pacientes, divididos em dois grupos: pacientes que não desenvolveram tromboembolismo venoso (grupo não TEV) e pacientes que desenvolveram tromboembolismo venoso (grupo TEV). A incidência de TEV foi de 5,8%; a maioria, em ambos os grupos, apresentava algum fator de risco para tromboembolismo venoso (94,2% no grupo não TEV e 100% no grupo TEV), entretanto, o fator de risco de maior significância foi atribuí­do aos pacientes que necessitavam de terapia renal substitutiva (TRS) (p=0,027). Não houve diferença entre os grupos com relação ao tipo de unidade onde os pacientes foram avaliados, na UI (60 vs. 71,4%), na UTI clí­nica (17,5 vs. 14,3%), na UCO (15,8 vs. 14,3%) e UTI cirúrgica (1,7 vs. 0) p=0,964. A mortalidade foi 4,1% contra 33,3%, respectivamente nos grupos sem TEV e com TEV (p=1,000). A mortalidade foi pequena nos dois grupos estudados, no perí­odo de internação. O estudo conclui que os pacientes submetidos í  cirurgia cardiopulmonar apresentaram baixa incidência de TEV provavelmente devido ao emprego indireto da tromboprofilaxia, farmacológica e/ou mecânica, todavia há necessidade de novos estudos para avaliar os critérios e métodos diagnósticos, bem como a profilaxia utilizada.

Descritores: Tromboembolia venosa, Incidência, Pacientes internados, Hospitalização, Fatores de Risco

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