Prevalência de colelitíase em pacientes portadores de megaesôfago chagásico não operado / Prevalence of cholelithiasis in patients with non-operated chagasic megaesophagus
Resumo
A colelitíase é uma das doenças mais comuns do trato gastrointestinal e afeta de 10 a 20% da população adulta. São três os principais mecanismos relacionados com a formação de cálculos biliares: supersaturação de colesterol, nucleação acelerada e hipomotilidade vesicular. Com relação í Doença de Chagas no Brasil predominam os casos crônicos, em torno de 3 milhões de pacientes afetados, e sabe-se que o Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença, causa lesão do plexo mioentérico no sistema digestório, responsável pela contração e relaxamento da musculatura lisa, de modo que essa lesão pode levar a hipocontratilidade da vesícula, com aumento do tempo de esvaziamento, maior volume residual, e maior estase em relação aos indivíduos normais, favorecendo assim a formação de cálculos. Apesar de empiricamente conseguirmos relacionar a Doença de Chagas com a colelitíase, na prática faltam dados que validem estatisticamente essa informação. Objetivo: Avaliar a prevalência de colelitíase no portador de megaesôfago chagásico. Metodologia: Neste estudo foram analisados 208 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com relação í presença ou não de colelitíase pela ultrassonografia abdominal pré-operatória, comparando-os com a população em geral. Resultados: Obteve-se prevalência de colelitíase em 15,4% da amostra, valor muito próximo ao da população adulta, que é em torno de 15%. Conclusão: Neste estudo não houve, portanto, diferença na prevalência de colelitíase entre portadores de megaesôfago chagásico e a população em geral.
Descritores: Acalásia esofágica, Colelitíase, Doença de Chagas, Prevalência
Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
Os manuscritos submetidos deverão ser acompanhados da Declaração de Transferência dos Direitos Autorais, assinada por todos os autores.
LICENÇA DA CREATIVE COMMONS – CC BY
A Revista "Arquivos Médicos" adota como padrão de atribuição de acesso aberto dos artigos, a licença CC-BY (Creative Commons). Essa licença permite que outras pessoas distribuam, remixem, adaptem e desenvolvam seu trabalho, mesmo comercialmente, desde que o trabalho original seja corretamente citado. Os autores e fonte original devem ser citados.