Prevalência de colelití­ase em pacientes portadores de megaesôfago chagásico não operado / Prevalence of cholelithiasis in patients with non-operated chagasic megaesophagus

Autores

  • Flávia Helena Barbosa Moura
  • Mayara Celentano Laporta
  • Paulo Venancio de Carvalho
  • Ricardo Bertozzi de ívila
  • Ruy França de Almeida
  • Celso de Castro Pochini
  • Danilo Gagliardi

Resumo

A colelití­ase é uma das doenças mais comuns do trato gastrointestinal e afeta de 10 a 20% da população adulta. São três os principais mecanismos relacionados com a formação de cálculos biliares: supersaturação de colesterol, nucleação acelerada e hipomotilidade vesicular. Com relação í  Doença de Chagas no Brasil predominam os casos crônicos, em torno de 3 milhões de pacientes afetados, e sabe-se que o Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença, causa lesão do plexo mioentérico no sistema digestório, responsável pela contração e relaxamento da musculatura lisa, de modo que essa lesão pode levar a hipocontratilidade da vesí­cula, com aumento do tempo de esvaziamento, maior volume residual, e maior estase em relação aos indiví­duos normais, favorecendo assim a formação de cálculos. Apesar de empiricamente conseguirmos relacionar a Doença de Chagas com a colelití­ase, na prática faltam dados que validem estatisticamente essa informação. Objetivo: Avaliar a prevalência de colelití­ase no portador de megaesôfago chagásico. Metodologia: Neste estudo foram analisados 208 pacientes portadores de megaesôfago chagásico com relação í  presença ou não de colelití­ase pela ultrassonografia abdominal pré-operatória, comparando-os com a população em geral. Resultados: Obteve-se prevalência de colelití­ase em 15,4% da amostra, valor muito próximo ao da população adulta, que é em torno de 15%. Conclusão: Neste estudo não houve, portanto, diferença na prevalência de colelití­ase entre portadores de megaesôfago chagásico e a população em geral.

Descritores: Acalásia esofágica, Colelití­ase, Doença de Chagas, Prevalência

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2018-07-24

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL