Potencial infeccioso do transporte público de passageiros da cidade de São Paulo
Resumo
Introdução: Estamos rodeados por bactérias e parasitas que podem ou não ser patogênicas; conseqüentemente o contágio de doenças infecciosas via indireta pelas mãos é de extrema importância, especialmente em locais públicos e de aglomeração humana como o transporte coletivo. O objetivo do presente trabalho foi analisar o potencial infeccioso do transporte público da cidade de São Paulo, através da identificação de microrganismos e parasitas isolados em ônibus da cidade Metodologia: Realizou-se, no período de janeiro a julho de 2006, a coleta com “swab” de 120 amostras provenientes de 40 ônibus. Após a identificação dos agentes bacterianos, aplicou-se o teste de sensibilidade em disco difusão Kirby Bauer. Na pesquisa parasitológica utilizou-se fita adesiva transparente (tipo “durex”), passando a face colante da fita sobre as superfícies a serem examinadas em microscópio óptico com aumentos de 100 e 400 vezes. Resultados: Todas as amostras foram positivas na investigação microbiológica, com crescimento de um ou mais microrganismos de origem comunitária. Os 5 microrganismos mais freqüentes foram: Micrococcus sp., Burkholderia mallei, Bacillus subtilis, Acinetobacter baumanii, Staphylococcus coagulase negativo. Na pesquisa parasitológica 5 foram positivas( 3 com cisto de Entamoeba, uma com ovo de nematódeo e outra com cisto de protozoário não identificado.Discussão: Superfícies ou objetos podem albergar microrganismos e parasitas com condição de sobrevivência nesses locais e de possível transmissão para seres humanos. Em todos os balaustres de ônibus pesquisados foram evidenciados microrganismos e/ou parasitas, potencialmente patogênicos para a população. Torna-se necessária limpeza mais eficaz dos transportes públicos, bem como informar os usuários sobre a importância da lavagem de mãos como medidas de promoção à saúde pública.
Descritores: Transportes, Contaminação, Microbiologia, Bactérias, Parasitos
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