Emergência psiquiátrica e regionalização do SUS na cidade de São Paulo. Uma diretriz ainda distante

Autores

  • Elie Leal de Barros Calfat
  • Rita de Cássia Ferreira de Araújo Jorge
  • Renata Teixeira da Silva
  • Fernanda Romano
  • Paula Alves de Paula
  • Gabriel Magalhães Lopes

Resumo

Introdução: Este trabalho foi motivado pela percepção de falhas no sistema de regionalização do SUS, que afetam a demanda no Pronto-Socorro/CAISM. Objetivo: Avaliar a proporção de atendimentos regionalizados, aferir distâncias percorridas pelos pacientes e indicar deficiência na regionalização do SUS. Método: Aplicar 300 questionários em março de 2007, averiguar o endereço dos pacientes, comparar a distância entre a residência do paciente e o PS/ CAISM com a distância entre a residência do paciente e o PS de sua região, medidas por meio eletrônico. Resultados: Dos 300 pacientes, 135 eram regionalizados e 11 não tinham residência fixa. Dos 154 pacientes nãoregionalizados, 81,9% eram oriundos de outras regiões do municí­pio de São Paulo e 18% eram de outros municí­pios. 21 endereços não constaram do meio de pesquisa. Os pacientes que procuraram o PS/CAISM percorreram, em média, 16,2 km. Se tivessem procurado as emergências de suas regiões, teriam percorrido, em média, 4,6 km. Demonstrouse que 51,3% dos pacientes não pertenciam í  região de abrangência determinada por polí­ticas de saúde e que, para acessar o referido serviço, tais pacientes percorreram uma distância 3,5 vezes maior do que se procurassem o serviço de sua região. Conclusões: Há deficiências na regionalização do SUS, gerando sobrecarga do referido Pronto-Socorro. Demonstrou-se que a aplicação desta diretriz do SUS neste serviço de emergência carece de substancial aperfeiçoamento.

Descritores: Saúde mental; Serviços médicos de emergência; Sistema Único de Saúde; Regionaliz

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Publicado

2018-08-09

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL