Transtorno depressivo em serviço de emergência clí­nica: fatores de risco para internação psiquiátrica

Autores

  • Fabiana Benites
  • Stevin Zung
  • Aida Cristina Suozzo
  • Veruska Lastoria
  • Augusto Paranhos Jr
  • Valdir Golin
  • Sandra Regina Schwarzwälder Sprovieri

Resumo

Introdução: O transtorno depressivo cursa com grande
morbi-mortalidade e é um diagnóstico comum nas
unidades de emergência clí­nica, onde muitas vezes
ocorre o primeiro contato dos pacientes com algum
serviço de psiquiatria. Objetivos: O objetivo deste
estudo foi avaliar os fatores de risco para internação
psiquiátrica em pacientes com transtorno depressivo
atendidos em serviço de emergência clí­nica. Material
e método: Foram estudados os pacientes com diagnóstico
de transtorno depressivo atendidos no Pronto
Socorro clí­nico da Santa Casa de São Paulo em
coorte histórica no ano de 2003 e 2004. Os fatores de
risco para internação psiquiátrica foram estudados
por regressão logí­stica: idade, sexo, cor, atividade remunerada,
estado civil, tentativa de suicí­dio e renda.
Resultados: Estudou-se 393 pacientes, 64% eram homens.
Necessitaram de transferência para unidade
psiquiátrica 17,6% destes pacientes. Ter atividade remunerada
foi fator protetor para necessidade de
internação enquanto a história de tentativa de suicí­dio
foi fator de risco. Houve concordância estatisticamente
significante entre a necessidade de internação
e a história de tentativa de suicí­dio. Discussão: Tentativa
de suicí­dio deve ser valorizada para
estruturação de um serviço de emergência, pois demonstrou
ser fator de risco para internação psiquiátrica
e presença de atividade remunerada demonstrou
ser um fator protetor.
Descritores: Tentativa de suicí­dio, Transtorno depressivo,
Serviços médicos de emergência, Hospitalização,
Fatores de risco

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Publicado

2018-08-09

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL