Quem descobre o carcinoma basocelular?
Resumo
Introdução: Em nosso meio não se conhece, quem primeiro descobre o carcinoma basocelular. A compreensão dos "modelos de descoberta" poderia servir de base para os programas de educação pública e do profissional de saúde. Objetivo: Determinar o papel dos pacientes em encontrar as suas próprias lesões. Métodos: Foram entrevistados 257 pacientes com diagnóstico anterior de carcinoma basocelular, acompanhados na Clínica Dermatologia do Departamento de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, no período entre junho de 2004 e janeiro de 2005. Além de pesquisar quem primeiro descobriu o carcinoma basocelular, outras variáveis foram anotadas, para avaliar as suas possíveis influências no resultado da descoberta: sexo; idade; antecedente familiar de câncer da pele; escolaridade; localização da lesão primária; e se realiza o auto-exame da pele. Resultados: Dos 257 pacientes, 149 (57,8%) notaram a própria lesão. Destes, 99 (66,4%) eram mulheres; 99 (66,4%) tinham mais de 60 anos; 123 (82,5%) não moravam sozinhos; 108 (72,5%) não referiram antecedente familiar de câncer da pele, 128 (85,9%) eram alfabetizados; 87 (58,4%) relataram fazer o auto-exame da pele. Os demais 108(42,2%) pacientes, 42 (16,3%) tiveram sua lesão descoberta por médico generalista, 26 (10,1%) pelo filho (a); 14 (5,4%) pelo cônjuge; 8 (3,1%) por outro parente; e o restante (7,3%) por outro convívio. Conclusão: Em 85% dos pacientes as lesões foram descobertas por leigos, isso faz acreditar que, em nosso meio, alguma influência das campanhas públicas de saúde já possa ser notada.
Descritores : Carcinoma basocelular/diagnóstico, carcinoma basocelular/epidemiologia
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