Prevalência de depressão em mulheres adultas de poder aquisitivo médio-baixo no Brasil / Prevalence of depression in adult women with medium-low purchasing power in Brazil
DOI:
https://doi.org/10.26432/1809-3019.2024.69.006Resumo
Introdução: Os transtornos depressivos são caracterizados por tristeza profunda e persistente, e uma variedade de sintomas emocionais, cognitivos e físicos. É uma das doenças mais incapacitantes do mundo. Segundo a OMS, a prevalência de depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015, atingindo 322 milhões de pessoas em todo mundo. No Brasil, estima a prevalência de depressão em 5,8% na população geral, o que significa, com base na população de 2021, que existem cerca de 12 milhões de pessoas vivendo com esse transtorno atualmente no país. Apesar do impacto da pandemia de COVID-19 na prevalência de depressão no mundo, estudos realizados antes desse período já apontavam prevalência superior às estimativas. Objetivo: Estimar a prevalência de sintomas depressivos em mulheres adultas de poder aquisitivo médio-baixo no Brasil. Método: Estudo observacional de corte transversal, baseado em amostra nacional de 2.400 participantes, e aplicado questionário online para inventário de sintomas depressivos por meio da Escala de Autoavaliação de Sintomas Depressivos de Zung, verificação de autorrelato de diagnóstico de depressão ou outros transtornos psiquiátricos, e verificação de uso de medicamentos com ação no sistema nervoso central. Resultados: Nacionalmente foram identificadas as seguintes proporções de casos com índices sugestivos de depressão, segundo o nível de gravidade: Leve: 26,2% (IC95: 0,24 – 0,28); moderada: 20,9% (IC95: 0,19 – 0,23) e; grave: 14,3%. Conclusão: Os resultados indicam percentual de prevalência de sintomas depressivos de 61,4%, superior às estimativas reportadas, reforçando a hipótese de subdiagnóstico e necessidade de mais estudos
sobre as causas que levam a isso.
Palavras-chave: Sintomas depressivos, Escalas de graduação psiquiátrica, Transtorno depressivo, Prevalência
Abstract
Introduction: Depressive disorders are characterized by deep and persistent sadness and a variety of emotional, cognitive and physical symptoms. It is one of the most disabling diseases in the world. According to the WHO, the prevalence of depression increased by 18% between 2005 and 2015, reaching 322 million people worldwide. In Brazil, the prevalence of depression is estimated at 5.8% in the general population, which means, based on the 2021 population, that there are around 12 million people currently living with this disorder in the country. Despite the impact of the COVID-19 pandemic on the prevalence of depression
in the world, studies carried out before this period already showed a prevalence higher than estimates. Objective: To estimate the prevalence of depressive symptoms in adult women with medium-low purchasing power in Brazil. Method: Cross-sectional observational study, based on a national sample of 2,400 participants, and applied an online questionnaire to inventory depressive symptoms using the Zung Depressive Symptoms Self-Assessment Scale, verification of self-reported diagnosis of depression or other psychiatric disorders, and verification of use of medications that act on the central nervous system. Results: Nationally, the following proportions of cases with rates suggestive of depression were identified, according to the level of severity:
Mild: 26.2% (95CI: 0.24 – 0.28); moderate: 20.9% (IC95: 0.19 – 0.23) and; severe: 14.3%. Conclusion: The results
indicate a prevalence of depressive symptoms of 61.4%, higher than reported estimates, reinforcing the hypothesis of underdiagnosis and the need for more studies on the causes that lead to this.
Keywords: Depressive symptoms, Psychiatric status rating scales, Depressive disorder, Prevalence
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