A importância da semiologia no diagnóstico diferencial das icterícias aliada a exames complementares
Resumo
O diagnóstico diferencial das doenças que cursam com icterícia é fundamental pois as alterações de captação, conjugação e colestase intra-hepática são tratadas clinicamente enquanto que a obstrução extra-hepática tem, em geral, tratamento cirúrgico. O objetivo desta revisão é enfatizar a importância da semiologia no diagnóstico diferencial das icterícias e, secundariamente, mostrar a importância da epidemiologia e expor os principais exames complementares. Com esta finalidade foi realizada uma revisão de artigos científicos indexados no sistema Medline/Lilacs, Ebsco e Scielo que abordam essa temática. A abordagem inicia-se com anamnese enfatizando as características da icterícia, hipocolia/acolia fecal, prurido, colúria, dor abdominal ou febre. Ao exame físico, atentar para icterícia, vesícula palpável, escarificações cutâneas e sinais de hepatopatia. É relevante a incidência preferencial por faixa etária e na população em geral. Assim, direciona-se a uma hipótese diagnóstica que deve ser investigada com bilirrubina total e frações, transaminases, gama glutamil transferase e fosfatase alcalina. Ultrassom é exame de imagem inicial podendo ser seguido por tomografia computadorizada, ultrassom endoscópico e colangiorressonância para confirmação etiológica. Colangiopancreatografia endoscópica retrógrada deve ser reservada para finalidades terapêuticas. A investigação clínica aprofundada ressaltando a epidemiologia e um exame físico detalhado são capazes de direcionar a um diagnóstico diferencial das icterícias "cirúrgicas" e "não cirúrgicas" e os resultados dos exames associados í discussão clínica, visam a comprovação do diagnóstico definitivo.
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Descritores: Icterícia, Hiperbilirrubinemia, Colestase, Diagnóstico diferencial
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