Prevalência de episiotomia e complicações perineais quando da sua realização ou não em uma maternidade de baixo risco do complexo HC/UFPR / Prevalence of episiotomy and perineal complications when executed or not in a low-risk maternity of the HC/UFPR hospital complex

Autores

  • Narcizo Leopoldo Eduardo da Cunha Sobieray Universidade Federal do Paraná. Complexo Hospital de Clí­nicas. Departamento de Tocoginecologia Curitiba – PR
  • Bruna Medeiros de Souza Universidade Federal do Paraná. Curso de Medicina. Curitiba - PR

DOI:

https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.2.093

Resumo

Objetivo: Estudar a prevalência da episiotomia, associação das complicações perineais maternas quando da sua realização ou não, com caracterí­sticas biométricas fetais e caracterí­sticas maternas nos partos realizados em uma maternidade de baixo risco. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal observacional, analí­tico, descritivo que avaliou 511 puérperas hí­gidas, de risco habitual da Maternidade Victor Ferreira do Amaral, que tiveram partos transpélvicos de 01 de janeiro a 30 de abril de 2018, referentes à realização ou não de episiotomia, lacerações, idade, paridade, peso do recém-nascido, Apgar de 1º e 5º minutos e posições do parto. Foram significativas as variáveis com p<0,05. Resultados: A episiotomia foi realizada em 32 (6,26%) das parturientes. No estudo 46 pacientes (9%) eram menores de idade e 298 (58,31%) eram primí­paras. Não houve lacerações perineais em 240 partos (46,96%), houve lacerações de 1º grau em 180 partos (35,22%) e lacerações de 2º grau em 91 partos (17,80%). A média do Apgar 1º minuto foi 8 e 5º minuto foi 9. O peso médio ao nascer 3159g. Quanto às posições do parto: 84 (16,43%) foram partos em decúbito dorsal; 218 (42,66%) semi-sentados; 68 (13,30%) banco/ banqueta; 20 (3,91%) quatro apoios; 101 (19,76%) cócoras e 16 (3,13%) decúbito lateral. Correlacionaram-se primiparidade e episiotomia (p<0,001), peso do recém-nascido > 3000g e episiotomia (p=0,024), posição dorsal e episiotomia (p<0.001). Tiveram associação as variáveis primiparidade e lacerações (p<0,001). Correlacionando laceração e posições de parto, houve significância estatí­stica entre laceração e posição dorsal (p=0,0409), posição parto no banco (p<0,001) e posição cócoras (p<0,001). Conclusões: A prevalência da episiotomia foi de 6,26%, considerada satisfatória. O peso fetal relacionou-se diretamente com os í­ndices de lacerações perineais e de realizações de episiotomia. A primiparidade apresentou í­ndices significativamente maiores de episiotomia e de lacerações perineais. As lacerações perineais predominaram significativamente nas posições verticais do parto (cócoras e banco). Enquanto episiotomias predominaram na posição de decúbito dorsal do parto.

Descritores: Episiotomia, Lacerações, Perí­neo/lesões, Paridade, Peso fetal

ABSTRACT:

Objective: To study the prevalence of episiotomy, the association of maternal perineal complications when it is carried out or not, with fetal biometric characteristics and maternal characteristics in deliveries performed at a low risk maternity hospital. Methods: Retrospective, observational, analytical, descriptive cross-sectional study that evaluated 511 healthy puerperal women at the usual risk of Victor Ferreira do Amaral Maternity, who had vaginal deliveries from January 1 to April 30, 2018, regarding episiotomy, lacerations, age, parity, newborn weight, 1st and 5th minute Apgar, and delivery positions. The variables with p <0.05 were significant. Results: Episiotomy was performed in 32 (6.26%) of parturients, 46 (9%) under age, 298 (58.31%) primiparous. There were no perineal lacerations in 240 births (46.96%), 1st degree lacerations in 180 births (35.22%) and 2nd degree lacerations in 91 births (17.80%). The average of the 1st minute Apgar was 8 and the 5th minute was 9. The average birth weight 3159g. Regarding the delivery positions: 84 (16.43%) delivery in the supine position; 218 (42.66%) semi-sitting; 68 (13,30%) bench / banquette; 20 (3.91%) four supports; 101 (19.76%) squatting and 16 (3.13%) lateral decubitus. Primiparity and episiotomy (p <0.001), birth weight> 3000g and episiotomy (p = 0.024), dorsal position and episiotomy (p <0.001) were correlated. The variables primiparity and lacerations were associated (p <0.001). Correlating laceration and delivery positions, there was statistical significance between laceration and dorsal position (p = 0.0409), birthing position in the bench (p <0.001) and squatting position (p <0.001). Conclusions: The prevalence of episiotomy was 6.26%, considered satisfactory. The fetal weight was directly related to the rates of perineal lacerations and episiotomy achievements. Primiparity had significantly higher rates of episiotomy and perineal lacerations. The perineal lacerations predominated significantly in the vertical positions of the childbirth (squatting and in the bench). While the episiotomies predominated in the position of dorsal decubitus of the childbirth.

Keywords: Episiotomy, Lacerations, Perineum/injuries, Parity, Fetal weight

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Publicado

2019-07-17

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL