Estudo epidemiológico do câncer de boca no Brasil / Epidemiological study of oral cancer in Brazil

Autores

  • Élika Cardoso Soares Faculdade Maria Milza (FAMAM). Guanambi – BA
  • Bartolomeu Conceição Bastos Neto Faculdade Maria Milza (FAMAM). Santo Estêvão - BA - Brasil
  • Lí­lia Paula de Souza Santos Faculdade Maria Milza (FAMAM). Departamento de Saúde Coletiva. Mutuí­pe – BA

DOI:

https://doi.org/10.26432/1809-3019.2019.64.3.192

Resumo

Introdução: O câncer de boca representa 3% dos casos de câncer no mundo, levando em consideração todos os tipos de câncer. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para o ano de 2030 a estimativa de casos novos está em torno de 27 milhões. Objetivo: Descrever o perfil clí­nico e epidemiológico de indiví­duos com câncer de boca atendidos em hospitais de referência do Brasil nos anos de 2005 a 2014, comparando as diferenças entre as regiões do Brasil. Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, que analisou informações provenientes do Sistema Nacional de Informações de Registros Hospitalares do Câncer (SisRHC). Resultados: O estudo mostrou que a maior prevalência da doença ocorreu em indiví­duos do sexo masculino (80,19%). Na faixa etária de 55 a 64 anos (30,64%), cor branca (48,5%) e de baixa escolaridade (48,75%). A localização anatômica mais comum do tumor foi a lí­ngua (26,23%), seguida da base da lí­ngua (16,67%). O estadiamento mais frequente foi o IV (62,24%). Em relação a distribuição dos casos de câncer de boca, a região Sudeste se destaca com 52,78%, seguida da região Nordeste com 22,26%. Conclusão: A partir da análise dos dados foi possí­vel concluir que a maioria dos pacientes diagnosticados com câncer de boca no Brasil eram do sexo masculino, cor branca, idade superior a 55 anos, lesões localizadas na lí­ngua e ventre da lí­ngua ou assoalho de boca e baixa escolaridade. As regiões Nordeste e Sudeste se destacam por apresentar maior numero casos da doença. A partir do conhecimento do perfil epidemiológico, sugere-se intensificar as polí­ticas públicas de prevenção, diagnóstico e tratamento para populações especificas, a fim de modificar o quadro do perfil, uma vez que já foram identificados neste estudo.

Descritores: Neoplasias bucais, Registros hospitalares, Epidemiologia descritiva.

Abstract

Introduction: Mouth cancer accounts for 3% of all cancer cases in the world, taking into account all types of cancer. According to the World Health Organization (WHO), by the year 2030 the estimate of new cases is around 27 million. Objective: To describe the clinical and epidemiological profile of individuals with oral cancer treated at reference hospitals in Brazil from 2005 to 2014, comparing the differences between the regions of Brazil. Method: This is a descriptive, retrospective study that analyzed information from the National Information System of Cancer Hospital Records (SisRHC). Results: The study showed that the highest prevalence of the disease occurred in males (80.19%). In the age group of 55 to 64 years (30.64%), white (48.5%) and low education (48.75%). The most common anatomical location of the tumor was the tongue (26.23%), followed by the tongue base (16.67%). The most frequent staging was IV (62.24%). Regarding the distribution of oral cancer cases, the Southeast region stands out with 52.78%, followed by the Northeast region with 22.26%. Conclusion: Based on data analysis, it was possible to conclude that the majority of patients diagnosed with oral cancer in Brazil were male, white, older than 55 years, lesions located on the tongue and floor of the tongue and low level of schooling. The Northeastern and Southeastern regions stand out because they present more cases of the disease. From the knowledge of the epidemiological profile, it is suggested to intensify the public policies of prevention, diagnosis and treatment for specific populations, in order to modify the profile picture, since they were already identified in this study.

Key words: Mouth neoplasms, Hospital records, Epidemiology descriptive.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2019-12-05

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL