Associação entre nível de escolaridade materna, frequência ao pré-natal de risco habitual e desfechos maternos e perinatais em um hospital universitário do sul do Brasil / Association between maternal educational status, frequency to habitual-risk prenatal care, and maternal and perinatal outcomes in an university hospital in southern Brazil

Autores/as

  • Gabriele Brito de Sena Universidade Federal do Paraná
  • Narcizo Leopoldo Eduardo da Cunha Sobieray Universidade Federal do Paraná
  • Maria Clara Nogueira Benevides Ribeiro Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.26432/1809-3019.2025.70.005

Resumen

Introdução: O acompanhamento pré-natal com no mínimo 6 consultas é essencial para uma gravidez saudável com desfechos favoráveis e recomendado pelo Ministério da Saúde. No entanto, estudos mostram que a escolaridade materna influencia a qualidade do pré-natal e os desfechos maternos e perinatais, sugerindo que mulheres com maior nível de escolaridade tendem a aderir melhor ao cuidado pré-natal e podem ter melhores resultados de saúde. Objetivos: Investigar como o nível de escolaridade materna afeta o pré-natal e como isso se relaciona com os desfechos maternos e perinatais. Materiais e Métodos: O estudo é caracterizado como epidemiológico do tipo observacional, analítico, longitudinal do tipo caso-controle e retrospectivo. Foram analisados prontuários das puérperas de risco habitual do período de Janeiro a Março de 2022 que realizaram o parto na Maternidade do Complexo Hospital de Clínicas da UFPR (CHC-UFPR-EBSERH), categorizando escolaridade, quantidade de consultas do pré-natal e desfechos maternos e perinatais. Resultados: A maioria das puérperas possuía Ensino Médio completo ou superior e realizou ≥6 consultas do pré-natal. Houve uma associação significante entre escolaridade materna e realização de consultas. A escolaridade se relacionou positivamente com o uso de anestesia ou analgesia no parto, bem como com maior peso dos recém-nascidos ao nascimento. Quanto à quantidade de consultas do pré-natal, a proporção de recém-nascidos que nasceram com <37 semanas foi maior no grupo de puérperas que realizaram menos do que 6 consultas, bem como foi maior, para esse grupo, a admissão na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Conclusão: Maiores níveis de escolaridade materna afetam diretamente a adesão ao pré-natal, o uso de analgesia ou anestesia no parto e o peso ao nascer. O baixo número de consultas está associado a desfechos perinatais desfavoráveis.

Palavras chaves: Escolaridade Materna; Cuidado Pré-Natal; Analgesia Obstétrica; Prematuridade; Baixo Peso ao Nascer; Unidades de Terapia Intensiva Neonatal

Abstract

Introduction: Prenatal care with a minimum of 6 appointments is essential for a healthy pregnancy with favorable outcomes and is recommended by the Brazilian Department of Health. However, studies show that maternal education influences the quality of prenatal care and maternal and perinatal outcomes, suggesting that more educated women tend to adhere better to prenatal care and may have better health outcomes. Objectives: The aim of this study is to investigate how the level of maternal education affects prenatal care and how this relates to maternal and perinatal outcomes. Materials and Methods: The study is characterized as an observational, analytical, longitudinal case-control epidemiological and retrospective study. It entailed the examination of medical records of postpartum women of typical risk who delivered at the Maternity of the Federal University of Paraná's Hospital Complex (HC-UFPR-EBSERH) between January and March 2022. Variables such as education level, frequency of prenatal appointments, and maternal and perinatal outcomes were categorized for analysis. Results: The majority of postpartum women had completed high school or higher education and attended to ≥6 prenatal appointments. There was a significant association between maternal education and attendance to the appointments. Educational status was also positively correlated with the use of anesthesia or analgesia during childbirth, as well as with higher birth weight of newborns. Regarding the number of prenatal appointments, the proportion of newborns born with less than 37 weeks was higher in the group of postpartum women who attended less than 6 appointments, and admission to the Neonatal Intensive Care Unit was also higher for this group. Conclusion: Maternal educational status directly affects adhesion to prenatal care, use of analgesia or anesthesia during childbirth and birth weight. A low number of prenatal appointments is associated with unfavorable perinatal outcomes.

Keywords: Maternal Educational Status; Prenatal Care; Obstetric Analgesia; Neonatal Prematurity; Low Birth Weight; Intensive Care Units, Neonatal

 

 

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Publicado

2025-06-24

Número

Sección

ARTIGO ORIGINAL