ASPECTOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS E MORFOMÉTRICOS DE MULHERES APÓS MENOPAUSA COM SÍNDROME GENITURINÁRIA SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE RADIOFREQUÊNCIA FRACIONADA MICROABLATIVA (FRAXX)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26432/1809-3019.2025.70.004

Palavras-chave:

Climatério, Menopausa, Vagina, Ablação Por Radiofrequência, Atrofia vulvovaginal, Doenças Urogenitais

Resumo

Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar os aspectos clínicos, laboratoriais e morfométricos de mulheres após a menopausa com síndrome geniturinária submetidas ao tratamento de radiofrequência microablativa (FRAXX). Método: Estudo clínico prospectivo, com mulheres após a menopausa, que realizaram cinco visitas ao Ambulatório de Climatério da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, no período de setembro de 2019 até abril de 2023. Todas assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Na visita 1, realizamos anamnese, exame físico geral e ginecológico, coleta de exames complementares, informando as pacientes sobre o protocolo de pesquisa.Aplicamos os questionários do Setor de Climatério e do Índice Menopausal de Kupperman et Blatt.  Na visita 2, realizamos a coleta de biópsia vaginal e a primeira aplicação da FRAXX (T0). Nas visitas 3 e 4 foram submetidas a novas aplicações  do  FRAXX, totalizando 3 aplicações, com 30 dias de intervalo. Na última visita, fizemos exame físico e a última coleta de biópsia vaginal (T3) e reaplicados os questionários. A variação histológica e morfométrica de T0 e T3 foi analisada no microscópio de luz  (Axioscop 40 – Zeiss), sob objetiva de aumento 400x no Departamento de Patologia da Santa Casa de São Paulo. Para as análises estatísticas foram utilizados os testes de Wilcoxon. Resultados : A maioria das pacientes apresentaram redução do índice menopausal. Problemas sexuais e ressecamento vaginal são os sintomas que mais participantes obtiveram melhora. Ao analisar a variação morfométrica, obtemos que a média da espessura do epitélio vaginal foi de 0,075mm em T0 e de 0,228 mm em T3, com aumento significante (p<0,05). Treze  mulheres aumentaram a espessura do epitélio vaginal em média 304% e quatro mulheres diminuíram em 32% de T0 para T3.  Conclusão: O presente estudo permitiu-nos concluir que três  aplicações da  radiofrequência fracionada microablativa (FRAXX) em mulheres após a menopausa promoveu significante melhora dos aspectos clínicos da Síndrome Geniturinária e  o aumento nos valores da espessura do epitélio vaginal.

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Biografia do Autor

Nina Caetano Bocanegra, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, FCMSCSP, Brasil.

Anna Vitória Tieme Morinaga, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, FCMSCSP, Brasil.

Bruna Marques Lopes, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo


Graduação em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, FCMSCSP, Brasil.

Sóstenes Postigo, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Médico. Ginecologista e Obstetra pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde também realizou o Curso de Aperfeiçoamento em Ginecologia Endócrina, Climatério e Planejamento Familiar. Mestre em Medicina, área de concentração em Tocoginecologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Doutor em Pesquisa em Cirurgia pela Faculdade de Ciência Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Cursou Especialização em Sexualidade Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). É Médico Assistente no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Irmandade da Santa Casa de São Paulo (ISCMSP). Coordenador do Setor de Ginecologia Endócrina e Climatério no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da ISCMSC. Organizador e Coordenador do Curso de Aperfeiçoamento em Endócrinologia Ginecológica e Climatério do Instituto de Ensino e Pesquisa da Irmandade de Santa Casa de São Paulo (ISCMSP). Membro Titular das Sociedades International Society for Sexual Medicine (ISSM); the European Menopause Society (EMAS) e Sociedade Latinoamericana de Medicina Sexual (SLAMS). Membro Efetivo da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO; Associação de Ginecologia e Obstetrícia de São Paulo - SOGESP; Sociedade Brasileira de Ginecologia Endócrina - SOBRAGE; Sociedade Brasileira de Climatério - SOBRAC; Associação Médica Brasileira de Fitomedicina - SOBRAFITO; Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência - SOGIA; Sociedade Brasileira de Reprodução Humana - SBRH. Coordenador Científico (2016-2019) e atual Presidente da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina - SOBRAFITO. Membro do Comitê Nacional de Climatério da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana - SBRH. Presidente do Centro de Estudos Ayres Netto do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Santa Casa de São Paulo (2021-2022). Membro do Corpo Editorial do periódico "Human Reproduction Archives". Tem larga experiência na área de Ginecologia e Obstetrícia, atuando principalmente nas áreas de Ginecologia Endócrina e Climatério.

Maria Antonieta Longo Galvão da Silva, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Possui graduação em MEDICINA pela Faculdade Regional de Medicina de São José do Rio Preto FAMERP (1976), Residência médica em Anatomia patológica na Santa Casa de São Paulo (1977-1980), doutorado em Patologia pela Universidade de São Paulo FMUSP (1993). Atualmente é médica responsável pelo Laboratório de Citologia da Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP - 2002-2022), professora adjunta do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Atualmente, ocupa o cargo de Coordenadora Médica do Serviço de Anatomia Patológica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Tem experiência na área de Medicina, atuando principalmente nos seguintes temas: patologia mamária, ginecológica, endometriose, citologia de punções aspirativas, líquidos cavitários, punção guiada por ecoendoscopia e citologia ginecológica.

Sônia Maria Rolim Rosa Lima, Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Professora Titular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Membro Eleito da Academia Paulista de Medicina ocupando a cadeira número 107. Mestre em Medicina, área de concentração em Tocoginecologia, pela FCMSCSP. Doutora em Medicina, área de concentração em Cardiologia, pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do Curso de Pós Graduação em Pesquisa em Ciências da Saúde e em Pesquisa em Cirurgia da FCMSCSP. Título de Irmã Remida da Irmandade de Santa Casa de São Paulo (ISCMSP). Membro eleito da Diretoria - Conselho Científico - da Academia de Medicina de São Paulo (Gestão 2023-2024). Organizadora e Coordenadora do Curso de Aperfeiçoamento em Endocrinologia Ginecológica e Climatério do Instituto de Ensino e Pesquisa da Irmandade de Santa Casa de São Paulo (ISCMSP). Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). É Médica Primeiro Assistente no Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da ISCMSP. No mesmo Departamento exerce a função de Coordenadora do Ambulatório de Climatério e Ginecologia Endócrina. Membro Titular das Sociedades International Menopause Society (Grã Bretanha) e North American Menopause Society (EEUU). Membro Efetivo da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO, Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo - SOGESP, Sociedade Brasileira de Ginecologia Endócrina - SOBRAGE, Sociedade Brasileira de Reprodução Humana - SBRH e Sociedade Brasileira de Mastologia - SBM. Vice Presidente - Diretoria São Paulo da Associação Brasileira de Mulheres Médicas. Coordenadora Cientifica da Associação Médica Brasileira de Fitomedicina. Coordenadora do Comitê de Anticoncepção e Climatério da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana SBRH (2021-2022). Membro do Comitê de Endocrinologia da SBRH. Delegada pela Capital da Associação Paulista de Medicina gestão 2017-2020. Tem larga experiência na área de Ginecologia e Obstetrícia, atuando principalmente nas áreas de Climatério e Ginecologia Endócrina.

Publicado

2025-06-17

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL