Cuidado com o diagnóstico clínico da tendinite da pata de ganso em corredores recreacionais: pode ser fratura por estresse no planalto tibial medial. Relato de dois casos / Beware with the clinical diagnosis of pes anserine tendinitis in recreational runners: it may be a stress fracture in the medial tibial plateau. Report of two cases
DOI:
https://doi.org/10.26432/1809-3019.2021.66.021Resumo
Introdução: O diagnóstico de fratura por estresse no planalto tibial medial pode ser confundida com outros diagnósticos diferencias, justamente porque o local de dor e sensibilidade a palpação é muito semelhante a lesões meniscais e tendinite da pata de ganso, que são lesões comuns em pacientes corredores. Objetivo: Relatar dois casos que foram interpretados inicialmente como tendinite na pata de ganso na avaliação inicial, e após reavaliação ambulatorial, foi realizado diagnóstico de fratura por estresse bilateral no planalto tibial medial. Relato dos Casos: Duas pacientes do sexo feminino, 31 e 32 anos respectivamente, começaram a prática de corrida de rua, sem supervisão, e seis e oito semanas após o início da prática, evoluíram com dor nos joelhos, bilateralmente, na face medial. Na avaliação inicial o quadro foi interpretado como tendinite da pata de ganso. Como não tiveram melhora, procuraram novo atendimento médico, em que foi feito suspeita diagnóstica de fratura por estresse no planalto tibial medial, e foram solicitados exames de ressonância magnética bilateral, que confirmaram o diagnóstico. Ambas as pacientes foram tratadas de forma conservadora, com restrição para atividades de impacto por 6 semanas, carga conforme dor, analgesia simples com dipirona, gelo, e ibandronato sódico por 2 meses. As pacientes retornaram após 6 semanas com melhora clínica. Após sessões de fisioterapia foram liberadas para atividades de impacto com sucesso. Conclusão: Esses casos enfatizam a importância da suspeita diagnóstica de fratura por estresse no planalto tibial medial em pacientes corredores recreacionais com quadro de dor na região medial do joelho, principalmente se houve uma mudança no seu padrão ou intensidade de corrida.
Palavras chave: Joelho, Fratura por estresse, Fraturas da tíbia
ABSTRACT
Introduction: Diagnosis of stress fracture in the medial tibial plateau can be confused with other different diagnoses, precisely because the site of pain and tenderness is very similar
to meniscal injuries and pes anserine tendinitis, which are common injuries in runner patients. Objective: Report two cases that were initially interpreted as pes anserine tendinitis in the initial evaluation, and later were diagnosed as bilateral stress fracture in the medial tibial plateau. Case Report: Two female patients, 31 and 32 years old respectively, started the practice of street running, without supervision, and six and eight weeks after the beginning of the practice, they evolved with knee pain, bilaterally, on the medial face. In the initial evaluation, the condition was interpreted as pes anserine tendonitis. As they had no
improvement, they sought new medical care, in which the diagnosis of a stress fracture in the medial tibial plateau was suspected, and bilateral magnetic resonance examinations were requested, which confirmed the diagnosis. Both patients were treated conservatively, with restriction to impact activities for 6 weeks, load according to pain, simple analgesia with dipyrone, ice, and sodium ibandronate for 2 months. The patients returned after 6 weeks with clinical improvement. After physiotherapy sessions, they were successfully released for impact activities. Conclusion: These cases emphasize the importance of the suspicion of stress fracture in the medial tibial plateau in recreational runners with pain in the medial side of the knee, especially if there has been a change in their pattern or intensity of running.
Keywords: Knee, Stress fracture, Tibial fracture
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